Monday, February 07, 2011

Os quase 3 milhões de litros de dispersante da BP ainda continuam no mar

Possivelmente um dos mais controversos elementos da saga do derramamento de petróleo da BP no Golfo foi o uso em larga escala do dispersante químico Corexit, que supostamente ajudaria na degradação do óleo, tanto na fonte do vazamento, quanto na superfície do mar.

Fonte: Treehugger/ Chicago Press Release
A Agência Ambiental dos Estados Unidos (EPA) alertou a BP para parar com a prática, mas a companhia continuou, alegando que o produto iria quebrar todas as partículas de petróleo. Um novo estudo acaba de mostrar que não foi esse o caso, os quase 3 milhões de litros de dispersantes derramados continuam circulando pelo mar há meses.

É isso mesmo, de acordo com um estudo recentemente publicado na Environmental Science & Technology, os dispersantes, longe do estado de degradação, continuam circulando pelo mar faz meses.

De acordo com Care2, o estudo “descobriu que ao contrário do que se acreditava, o dispersante não se degradou mas se moveu com a massa de óleo até pelo menos setembro de 2010.” E é claro quem acompanhou a saga dos dispersantes sabe que “antes do desastre do derramamento de petróleo no Golfo, não houve aplicação de nenhum tipo de dispersante em água profundas.” Além disso, ainda não há nenhuma comprovação de que o produto tenha trazido algum benefício, ou mesmo tenha piorado a situação.

O Corexit foi supostamente criado para ajudar na degradação, mas taxas específicas do produto nunca foram reportadas, disse Carys Mitchelmore, do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, nos EUA. A persistência do dispersante neste novo papel foi algo inesperado.

O fato é que agora nós só não temos certeza se o uso do dispersante é perigoso para os ecossistemas aquáticos ou não, como também se o produto age como um biodegradante da maneira que se supõe.

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